quinta-feira, 14 de março de 2013

Quem disse que mulher não luta?!


Kyra começou aos onze anos de idade e aos quinze anos era faixa-azul e pesava 50 kg. Seu avôRobson Gracie, sempre a inscrevia em campeonatos diversos.
Certa vez ela pediu que o avô a inscrevesse no Campeonato Estadual, categoria peso-pluma. Chegando ao local, ela percebeu que não estava inscrita nessa categoria e sim em uma categoria dezenove quilos acima do seu peso e em outra, aberta a todos os pesos. Não se intimidando, ela ganhou as lutas e ainda passou a disputar na categoria aberta, que é chamada de absoluto, o que lhe deu mais autoconfiança.
Descrição: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cb/Kyragracie2.jpg/220px-Kyragracie2.jpg
Thyciane era tida como uma adversária difícil, em virtude de sua carreira brilhante no Judo, mas Kyra provou ser mais rápida e mais forte, derrotando a oponente em apenas cinco minutos. Ela também impôs notórias derrotas sobre uma excelente competidora cearense (de Jiu-Jitsu) e sobre a lutadora de Submission Drylinie, de ChapecóSanta Catarina. Mais tarde, Kyra provou sua supremacia no esporte, ganhando da extraordinária lutadora de Jiu-Jitsu Leka Vieira.A consagração veio aos dezesseis anos, quando ela enfrentou CJ Macue no Campeonato Pan-Americano. Embora tensa, ela venceu a luta e conquistou a faixa-roxa. A partir daí, Kyra se tornou uma das maiores estrelas do Jiu-Jitsu mundial, derrotando atletas excelentes e difíceis. Sem dificuldades, ela derrotou uma excelente judoca de FortalezaCeará, duas vezes vencedora do Campeonato Universitário pelo Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará.
No Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu de 2008, Kyra obteve a medalha de ouro no peso-leve, ao vencer a competidora Luana Alzuguir. No Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu de 2008, disputado em Long Beach, na Califórnia, ela sagrou-se mais uma vez vencedora nas categorias leve e absoluto.
Em 27 de julho de 2008, Kyra venceu o Rio Open Internacional de Jiu-Jitsu, que foi disputado no Rio de Janeiro. Ela lutou pela categoria leve e venceu Rosalinda Ferreira. Em 14 de novembro de 2008, Kyra venceu o Campeonato Brasileiro de Equipes. Em 20 de dezembro de 2008, Kyra se sagrou campeã do torneio Capital Challenge, realizado na Jordânia, derrotando a competidora Carol DeLazzer em disputa apertada.
No ano de 2009, Kyra foi segunda colocada no Mundial de Jiu-Jitsu nas categorias leve e absoluto e também obteve o segundo lugar no Pan-Americano, na categoria leve. Atualmente ela se prepara para ingressar no MMA. Em junho de 2010, Kyra venceu pela quarta vez o Campeonato Mundial de Jiu-Jitu, realizado em Long Beach, na California.
Kyra foi a atleta mais jovem a conquistar o Mundial sem Kimonos, no ADCC, aos dezenove anos. Ela é considerada por muitos como a melhor mulher lutadora da história do Jiu-Jitsu, nunca perdeu para uma adversária com mesma faixa e mesmo peso. Sempre treina com homens e diz que eles são mais "frescos" porque desistem ao primeiro machucado. É sobrinha dos lutadores RenzoRalph e Ryan Gracie.
Ela fez um ano e meio de Direito na Universidade Candido Mendes, mas teve que largar a faculdade para poder treinar em tempo integral. Ao ser perguntada sobre sua vaidade, diz que só luta de unha pintada e de cabelo com trança e coque.Já recebeu muitos convites para ser modelo e atriz e já fez um ensaio para a revista VIP. Ela afirma polemicamente que a mulher não perde afeminilidade com o Jiu-Jitsu e que as competidoras masculinizadas tomam anabolizantes.
Sua família é numerosa e uma de suas irmãs é filha do ator Maurício Mattar. Investindo no empresariado, Kyra lançou uma grife de moda esportiva feminina, dentro da linha de roupas da família Gracie, a Fightwear. Kyra namorou por muitos anos (1998-2002) o ator canadense William Hope (de Aliens O Regaste e Hellbound Hellraiser II). Apesar de a relação ter terminado em 2002, Hope seguiu falando muito bem de Kyra e do quanto ela o ajudou a ser uma pessoa melhor. A Academia Gracie Barra, da sua família, possui dezenas de filiais no Brasil e no mundo.
Mas nem tudo são flores. Ela sofreu a experiência do machismo na própria família:
“No começo, eles [família] me apoiaram porque acharam que era brincadeira. Quando viram que era sério, disseram que era para eu deixar a luta com os homens. Mas bati o pé e continuei. Depois que comecei a competir e a me destacar, eles deram o braço a torcer e passaram a me apoiar”.
Títulos: 
·        Cinco Campeonatos Mundiais (2004, 2006, 2008, 2010 e 2011)
·        Três Campeonatos ADCC World Championship (2005, 2007 e 2011)
·        Cinco Campeonatos Pan-Americanos (2001, 2002, 2003, 2005 e 2007)
·        Seis Campeonatos Brasileiros (1998, 1999, 2000, 2001, 2005 e 2008)
·        Seis Campeonatos Estaduais (1998, 1999, 2000, 2001, 2002 e 2002)
·        Um Campeonato Asiático (2006)

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